Novo treinador do Sporting CP? Nova exibição desastrosa do Sporting CP. Não podia de deixar de dar a minha opinião sobre o que se passa na equipa profissional de futebol do Sporting Clube de Portugal, a equipa do meu coração.
A exibição de ontem pode ser considerada com uma nova exibição desastrosa do Sporting CP, conforme capa do jornal Record de hoje.
Questões da equipa diretiva à parte, vou focar-me no tema da performance da equipa.
Muda-se o treinador, mas a questão de fundo não foi trabalhada. Se os nossos pensamentos se focam na tristeza, na incapacidade, no infortúnio, na falta de energia, na falha, no erro… os comportamentos gerados vão acompanhar esses pensamentos, o que se traduz numa baixa performance.
Neste tipo de situações, urge a criação de mecanismos para ressignificar estes pensamentos limitadores. De outra forma, a performance vai ser claramente afetada.
Sente-se estas questões psicológicas presentes, não só ao nível dos jogadores, mas também ao nível da equipa técnica.
A injeção de moral que normalmente ocorre quando se muda um treinador (a chamada chicotada psicológica), não funcionou porque a equipa empatou o primeiro jogo e perdeu o seguinte. Se a falta de confiança e os níveis de autoestima estavam em baixo, pior ficaram. É natural que, nestas situações, os jogadores comecem a duvidar das suas próprias capacidades, da capacidade da equipa como uma verdadeira equipa e do próprio líder.
Por falar em equipas… É sempre importante ter presente as fases que qualquer grupo passa até ser uma verdadeira equipa. Este ano entraram muitos jogadores à última da hora. A estabilização que normalmente ocorre ao fim de algumas semanas ou meses, está ainda a decorrer. A “luta” por papeis de maior relevo na equipa provoca naturais conflitos e fraturas na equipa. Esta estabilização será ainda lenta porque a equipa não está a ganhar. Logo, as dúvidas serão maiores e maiores serão os conflitos internos na ânsia de resolver os problemas do grupo.
Novo treinador do Sporting CP?
Outra questão muito importante consiste na preparação mental dos atletas para a pressão competitiva.
Quando não estamos a ganhar é natural que a pressão exterior seja maior. Ontem durante o jogo, notava-se claramente a equipa à deriva quando a pressão exterior se agudizava. Os atletas têm que ser preparados para este tipo de pressão, criando como que uma espécie de fortaleza mental para o exterior.
Por falar em exterior, outro tema evidente é a falta de foco no jogo. Os atletas do Sporting na ânsia de serem bem-sucedidos, estão constantemente desfocados com temas de arbitragem p.e., com a consequência da perda de energia e foco no que é importante, o próprio jogo em si, e no momento presente. Este tipo de comportamentos devem ser eliminados.
Há ainda a questão da liderança do treinador. Quem entra numa equipa quando as coisas não estão a correr bem, tem que colocar um enorme foco neste tema. Desconheço o trabalho que foi feito, com cada jogador e com a equipa no geral, mas parece-me que não foi dada
grande atenção a este aspeto fulcral.
Em todas as equipas e atletas estas questões estão sempre presentes. É muito importante trabalhar os aspetos técnicos e táticos mas, se a componente psicológica não for corretamente trabalhada, de forma paralela, a performance pretendida e os consequentes resultados não serão alcançados.
Resta-me desejar a melhor sorte do mundo ao próximo treinador da equipa do Sporting e, esperar que as questões psicológicas sejam trabalhadas de forma paralela e completar, de forma profissional e assertiva.
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